Foca na Mudança: Estudantes Lutam Pela Retomada do Centro Acadêmico de Jornalismo
- Rádio Plural
- 24 de mar.
- 3 min de leitura
Atualizado: 24 de mar.
Na sabatina que aconteceu na última sexta-feira, a única chapa inscrita reforça seus objetivos acerca da união do curso e a necessidade de ter uma entidade de representação estudantil para os alunos de jornalismo.
Por Lauana Carvalho e André Medeiros
Após três anos de inatividade, o Centro Acadêmico de Jornalismo pode finalmente voltar a atuar dentro da universidade. A chapa "Foca", liderada pelo estudante Paulo César Gouvêa, se organiza para trazer representatividade e mudanças ao curso. O grupo, composto por nove estudantes, pretende restabelecer e ampliar a mobilização estudantil.
"Nosso maior objetivo é mobilizar o curso. Com a desmobilização, perdemos representatividade diante dos departamentos e do colegiado. Queremos que os alunos sejam ouvidos", afirmou o candidato.
Para isso, PC, como é popularmente conhecido pelo campus, propôs a criação de um formulário no qual os alunos poderão registrar suas demandas, permitindo que a equipe do centro acadêmico organize os atendimentos por nível de urgência. A ideia é que a diretoria de assistência estudantil não seja composta apenas por uma pessoa, mas uma equipe que trabalhará em troca de certificados de horas do CA, auxiliando no atendimento das demandas. Segundo ele, os pedidos registrados no formulário serão analisados e encaminhados aos órgãos responsáveis, como o colegiado do curso ou até a reitoria, quando necessário. Ele também destacou a importância da comunicação direta: "Não estamos sendo eleitos para estar acima dos alunos, mas sim dentro do corpo discente da universidade".
Entre as propostas da chapa, destaca-se a realização de palestras, debates e oficinas para aproximar os estudantes do mercado de trabalho. "Queremos trazer profissionais da área para compartilhar experiências e incentivar os alunos", disse Eduarda Lopes, vice-presidente da chapa.

Além da mobilização acadêmica, a chapa destaca a necessidade de melhorias estruturais no curso. Segundo os candidatos, a falta de equipamentos, como câmeras e estúdios adequados, dificultam a formação dos estudantes. "A tecnologia está evoluindo e o curso está ficando para trás. Isso prejudica os trabalhos dos estudantes e impacta diretamente na qualidade do que produzimos", alertou Gouvêa.
O candidato reforçou que a chapa não pretende esperar que as mudanças aconteçam por iniciativa da universidade, mas sim atuar ativamente na busca por recursos. Também ressaltou que a chapa buscará editais e incentivos para a renovação dos equipamentos, dando prioridade a itens essenciais, como cabos e câmeras para produções audiovisuais.
Outro ponto abordado na sabatina foi a política do C.A em relação a casos de racismo e discriminação dentro do curso. O candidato foi enfático ao afirmar que a chapa adotará uma postura de tolerância zero para esse tipo de situação. "Se acontecer um caso de racismo, vamos bater na porta do colegiado e do departamento, e, dependendo da gravidade, podemos até levantar uma campanha para a expulsão ou penalização dos envolvidos", afirmou.
Além de medidas imediatas, a chapa pretende atuar na conscientização dos alunos por meio de palestras e oficinas. "Estamos dentro da academia, que é um espaço de pensamento. Queremos fomentar discussões sobre o tema para que o combate ao racismo seja algo constante no curso", destacou Gouvêa.

A chapa "Foca" agora aguarda o processo eleitoral e espera conquistar o apoio dos estudantes para reativar o Centro Acadêmico. "Se formos eleitos, nossa missão será garantir que o C.A se torne um espaço permanente de luta e representação", concluiu Lopes.
A eleição ocorre no dia 26 de março, e os resultados definirão o futuro da entidade, que pode voltar a desempenhar um papel essencial na defesa dos interesses dos alunos.
Comments