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Defesa contra as águas: o plano da cidade de Mariana contra desastres naturais

  • Foto do escritor: Rádio Plural
    Rádio Plural
  • 4 de jun. de 2024
  • 3 min de leitura

Após a maior tragédia climática do Rio Grande do Sul, com enchentes que já duram quase um mês, os efeitos do volume intenso das chuvas preocupam muitas cidades brasileiras. Na cidade de Mariana (MG), na região central do estado, alguns pontos tendem a sofrer mais com alagamentos frequentes, em períodos com fortes tempestades.


Alagamento do bairro Barro Preto. Foto: reprodução redes sociais

No dia 12 de fevereiro de 2023, um temporal intenso atingiu a cidade mineira, afetando principalmente o bairro Barro Preto. A água suja invadiu casas, deixando desabrigados e encobriu carros. Não houve feridos. Apesar do último registro de inundação ter sido feito em 2023, com um maior volume de chuva, a água demora a escoar e acumula nas ruas, deixando a população em alerta, em locais como no bairro Barro Preto e na Travessa Salomão Ibrahim.


Nos anos anteriores, a prefeitura de Mariana tomou como medida a limpeza e o desassoreamento nos rios e córregos do município, o Córrego Ribeirão do Carmo foi um dos escolhidos por receber  uma grande vazão de água durante o período chuvoso, tendendo a transbordar.


Em entrevista para a Rádio Plural, o ex-prefeito e vereador, Juliano Duarte, disse que as áreas de risco do município já foram mapeadas, bem como foram pensadas soluções de engenharia a serem colocadas em prática para sanar ou mitigar os problemas. Os pontos de maior atenção são: travessa Monsenhor Rafael Coelho (bairro Barro Preto), rua Perimetral Sucupira (Rosário), Alto do bairro São Gonçalo, Cabanas (próximo a pedreira), Região do Cristal (que liga Mariana ao distrito de Bandeirantes) e as moradias perto do Ribeirão do Carmo, segundo o político. As ocupações irregulares nas encostas dos rios e córregos também são pontos de alerta.


No início do ano de 2021, durante seu mandato como prefeito, a cidade recebeu um grande volume pluviométrico, resultando na retirada de cerca de 300 famílias de área de risco, que foram direcionadas a pousadas e hotéis alugados pela prefeitura. Além disso, comprovando os danos junto à defesa civil, esses cidadãos receberam o auxílio temporário de 3 mil reais da prefeitura para ajudar no que foi perdido.


Nos anos de 2022 e 2023 foi implementado o Programa PAC das encostas, com o recebimento de 29 milhões de reais para mitigar áreas de risco, quantia destinada ao bairro Santa Rita de Cássia, Travessa Ribeirão do Carmo, rua Furquim e rua Conselheiro Lafaiete. Juliano reforçou a importância do poder público municipal se manter preparado com soluções projetos, tendo em vista a possibilidade da liberação de verba do governo. 


A Travessa Salomão Ibrahim encontra-se no ponto mais baixo do centro histórico, o córrego que passa pelo local recebe água do bairro Cabanas e fica sobrecarregado. Quanto mais a cidade cresce na parte superior, menor fica a área para receber toda a água.


“No Catete é necessário fazer a limpeza das bocas de lobo e é necessário fazer também novos bueiros para captar o volume de chuvas porque o bairro cresceu muito, na verdade, continua crescendo [...] então é necessário limpeza e novas redes de drenagem no local”, pontua Duarte.

O vereador destacou que os rios e córregos da cidade foram desassoreados nos últimos anos, porém por mais que haja limpeza, precisam de obras de infraestrutura, como bacias de contenção em determinadas áreas para minimizar o volume de água que chegará naquele ponto em específico.


Quanto a um plano de contingência, também chamado de planejamento de riscos ou plano de recuperação de desastres, o vereador revela que a cidade de Mariana possui um feito pela Defesa Civil e que está bem preparada para atuar em situações de alerta, além de haver o monitoramento de toda a região por estações meteorológicas. Um plano de desastres foi construído após o rompimento da barragem de Fundão no ano de 2015.


Texto: Carolina Costa/Rádio Plural

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A Web Rádio Plural, foi fundada em 2014 pelos estudantes de jornalismo da Universidade Federal de Ouro Preto, com o objetivo de dar voz aos futuros jornalistas, permitindo que a experiência da graduação se tornasse prática . Desde então, gerações de alunos participaram na elaboração de inúmeros programas como entrevistas, coberturas jornalísticas e reportagens sobre assuntos variados.

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