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Duda Salabert ministra aula magna sobre educação e economia no ICSA

  • Foto do escritor: Rádio Plural
    Rádio Plural
  • 14 de dez. de 2024
  • 3 min de leitura
Graduada em Letras pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas), Duda Salabert é a primeira mulher trans eleita deputada federal no país. Foto: Mariana do Amaral
Graduada em Letras pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas), Duda Salabert é a primeira mulher trans eleita deputada federal no país. Foto: Mariana do Amaral

Por Mariana Hermidas

Fotos: João Henrique do Nascimento e Mariana do Amaral


O Centro de Economia da Universidade Federal de Ouro Preto (CAECO-Ufop), recebeu na noite de ontem (13), a deputada federal Duda Salabert (PDT) para ministrar uma aula magna que teve como tema “Economia + Educação: metas para o desenvolvimento”. A aula aconteceu no auditório do prédio Padre Avelar, no Instituto de Ciências Sociais Aplicadas da Ufop (Icsa), em Mariana (MG).


A conversa, que faz parte da programação em comemoração aos 55 anos da Ufop, foi mediada pelo aluno da graduação de Economia e atual presidente do CAECO, Pedro Pereira, e contou com a participação das professoras-doutoras Giule da Mata, do departamento de Ciências sociais da Ufop, e Paula Miranda, do departamento de Demografia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).


Duda, graduada em Letras pela Pontifícia Universidade Católica (PUC Minas), e a primeira mulher transexual eleita deputada federal, inicia a aula falando sobre a realidade árdua das travestis para alcançar educação de qualidade. A deputada cita uma pesquisa feita pelo Núcleo de Direitos Humanos e Cidadania LGBT (NUH) da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (Fafich) da UFMG, que demonstra que 91% das travestis e transexuais entrevistadas não concluíram o ensino médio, e que a média de idade em que são expulsas de casa é de 13 anos, de acordo com pesquisa realizada por acadêmicas da Universidade Federal de Uberlândia.


Durante a aula, ela fala sobre como as universidades são elitistas, e não são pensadas para todos, apesar de ser um local de constante discussão; que é fundamental estabelecer críticas à universidade e questionar o papel da universidade na sociedade, e falou sobre o Projeto Tranvest, organização de educação popular sem fins lucrativos, em Belo Horizonte (MG), para viabilizar o acesso das pessoas transexuais à educação e acolhimento, e deu o exemplo de Pity, uma travesti que frequentou as aulas do Tranvest, mas que ao ingressar na universidade se sentiu menosprezada e excluída no ambiente acadêmico.


Duda fala ainda sobre as emendas parlamentares dos deputados, a importância da educação básica e pontua  que “um milhão e meio de estudantes não têm acesso à água potável nas escolas, e só em Minas Gerais são quase duzentas escolas sem água própria para consumo”. Além disso, a professora continua sua fala comentando sobre o sucateamento das universidades públicas e também a importância de fortalecer espaços como a universidade.


Quando perguntada pela professora Paula Miranda sobre a sua opinião quanto ao ensino básico integral nas escolas, Duda afirma  ser um sonho, mas que a educação sofre com cortes orçamentários constantes, que inviabilizam essa proposta.


A professora Giule da Mata fala sobre financiamento da educação e o quadro crítico na área da docência.      Foto: João Henrique do Nascimento
A professora Giule da Mata fala sobre financiamento da educação e o quadro crítico na área da docência. Foto: João Henrique do Nascimento

Já a professora-doutora Giule da Mata, faz uma pergunta sobre a crise nos poderes Executivo e Legislativo, e a distribuição das emendas parlamentares, e qual o impacto disso na educação. Duda explica o que é emenda parlamentar, pontua que a política é um espaço de muita violência, e que “só existem duas formas de transformar a sociedade: educação e política, se você negar o papel de um dos dois, a sociedade vai muito mal.”



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