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Volta às aulas: Nova lei que proíbe o uso de celular nas escolas é aplicada em Mariana

  • Foto do escritor: Rádio Plural
    Rádio Plural
  • 24 de fev.
  • 3 min de leitura

Veja o que mudou nas escolas marianeses com a sanção da nova lei federal


Por: Mileyde Gomes


As aulas voltaram nas escolas brasileiras, mas dessa vez foi diferente. No dia 13 de janeiro foi sancionado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, a Lei n.º 15.100/ que proíbe o uso de aparelhos eletrônicos portáteis pessoais em salas de aulas, recreio e os demais intervalos, em todo o ensino básico. A iniciativa foi pensada com o intuito de promover e reforçar a integração entre os alunos, sejam eles crianças ou adolescentes, e também proteger do uso excessivo desses mesmos aparelhos.


Diante da aprovação desta lei, a equipe do Jornal Plural conversou com a Diretora da Escola Municipal Dom Oscar de Oliveira, localizada no bairro Cabanas, em Mariana. Solange Moreira, de 49 anos, pedagoga que está na direção há três anos, conta como foi o processo de volta às aulas que ocorreu na quinta-feira, dia seis de fevereiro. A professora relata que já utilizava uma caixinha para recolher os telefones durante o tempo em que os estudantes permaneciam na escola, apesar de ter muita recusa antes da lei ser implementada. 


 Foto: Mileyde Gomes.
 Foto: Mileyde Gomes.

Com a volta às aulas e a nova lei, ela passou nas salas de aula avisando sobre a implementação das novas regras, fez um manual explicativo e colocou em pontos específicos na escola.“Fizemos uma charge e colamos nas salas para eles poderem ver e saber o que pode e não pode fazer” afirmou.



Foto: Mileyde Gomes.
Foto: Mileyde Gomes.







Charge falando sobre a Lei n.º 15.100/2025, colocadas nos corredores e nas salas de aula.










Edivania Aparecida, de 47 anos, inspetora da E. M. Dom Oscar de Oliveira há três anos, dos turnos de manhã e tarde, conta como um pouco mais desse processo. Em seu depoimento ela declara que antes nem todos entregavam. Quem não seguia a regra, era levado para a diretoria, o celular era recolhido e só era entregue aos responsáveis.“Em vista do ano passado para esse, nem todos levavam [celulares], mas essa semana todos estão entregando. Aqueles mais velhos que não entregavam antes, estão entregando e muitos pais não estão deixando levar os telefones mais” completou.


Edivania fala também sobre a melhoria do relacionamento entre alunos e profissionais na escola e como a lei evita conflitos devido aos celulares recolhidos. “Antes os alunos ficavam com raiva da gente, e muitos escondiam na roupa para não entregarem, hoje não está tendo mais nenhuma resistência, eles mesmo colocam os aparelhos na caixinha”.


A escola contém um local apropriado para guardar os aparelhos recolhidos. “Cada sala possui uma caixinha para recolher os celulares e colocar no armário com chave. Recolhemos de manhã e entrega na hora da saída” explica a inspetora. Ela fala que antes tinha muitos alunos que ficavam dispersos pelo uso do telefone e que agora, os estudantes estão mais focados nas aulas e interagindo melhor com as atividades propostas.






Caixinhas transparentes para recolhimentos dos telefones, guardadas em um armário. Foto: Edivania Aparecida.


Gilmar da Silva, de 60 anos, professor de educação física e atual vice-diretor da escola, conta sobre os benefícios que o não uso dos telefones traz para os estudantes e fala sobre a criatividade das crianças quando o foco delas não está nos vídeos e outras distrações que o celular oferece. “A escola tem um canteiro criado pelas crianças, com a orientação dos profissionais presentes, onde tem flores, pés de feijão, abacaxis, entre outras plantas, cultivada pelos alunos”, destaca o professor.


O profissional de educação física ainda diz que os aparelhos utilizados da forma correta, com a orientação necessária, se tornam uma ferramenta essencial para o aprendizado. “Na escola, não iremos trabalhar com a proibição total, os professores podem utilizá-los para fazer um trabalho com os meninos”, explicando melhor o funcionamento das novas regras. Ele também aborda a mudança que se fez presente nos intervalos e relata que, hoje, já é possível ver mais contato entre os alunos, crianças correndo e brincando entre elas, conversando e interagindo melhor.



Jogos de tabuleiros usados nos tempos livres dos alunos. Foto: Mileyde Gomes.



Canteiros de flores e jardinagem cultivadas pelos alunos. Foto: Mileyde Gomes.






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A Web Rádio Plural, foi fundada em 2014 pelos estudantes de jornalismo da Universidade Federal de Ouro Preto, com o objetivo de dar voz aos futuros jornalistas, permitindo que a experiência da graduação se tornasse prática . Desde então, gerações de alunos participaram na elaboração de inúmeros programas como entrevistas, coberturas jornalísticas e reportagens sobre assuntos variados.

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