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Chapa 1 defende reconstrução coletiva e mais diálogo durante debate para Pesquisa Paritária 2024 da UFOP

  • Foto do escritor: Rádio Plural
    Rádio Plural
  • 25 de set. de 2024
  • 4 min de leitura

Kátia Gardênia e Cocota focam na construção coletiva para sanar problemas da Universidade, aumentar a sensação de pertencimento da comunidade acadêmica e melhorar a qualidade de vida nos campi da UFOP


Kátia e Cocota trazem a importância do diálogo e reforçam preocupação com a saúde mental da comunidade acadêmica. Foto: Mariana Hermidas

Por Bárbara Guido e Mariana do Amaral


Aconteceu, às 19h de ontem (24), no auditório Instituto de Ciências Sociais Aplicadas (ICSA) em Mariana (MG), o segundo debate entre as chapas que concorrem à Pesquisa Paritária 2024 da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Estudantes e servidores da Instituição acompanharam por, aproximadamente, 2h50min, os quatro blocos do debate. Ao longo da noite, cada chapa teve a oportunidade de expor suas propostas e responderam perguntas feitas pelas chapas adversárias, por servidores e discentes da universidade.


A Chapa 1 é composta por Kátia Gardênia e Cocota. Kátia, candidata a reitora, é pedagoga graduada pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), mestre e doutora em Educação, e atual diretora do Centro de Educação Aberta e a Distância da UFOP (CEAD). Já o candidato a vice-reitor, Cocota, é engenheiro de controle e automação pela UFOP e atual diretor da Escola de Minas. Para a Chapa 1, um dos maiores desafios atuais da Instituição é o alto índice de adoecimento mental de estudantes, docentes e demais servidores, além da falta do sentimento de pertencimento à Universidade.


Através de 12 eixos temáticos apresentados na Carta Programa, a chapa 1 propõe a melhoria da qualidade de vida da comunidade da UFOP e a (re)construção coletiva do sentimento de pertencimento “tão caro para a Instituição”, segundo Kátia.


O primeiro bloco do debate foi composto por duas perguntas. Em relação à questão orçamentária, a Associação dos Docentes da UFOP (ADUFOP), indagou aos candidatos sobre captação de recursos de setores privados ou de emendas parlamentares, bem como a autonomia de gestão financeira da Universidade. Já os técnico-administrativos (TAEs) questionaram acerca da criação de novas pró-reitorias, cursos de graduação e pós-graduação, levando em consideração o déficit de servidores que a UFOP vivencia atualmente.


Kátia e Cocota defenderam a busca por parcerias estratégicas, tanto no poder legislativo, quanto no executivo, além de manter e reforçar o diálogo com os sindicatos e estudantes. Cocota ainda pontuou a necessidade de retomar ações da PROGRAD (Pró-Reitoria de Graduação) no combate à evasão estudantil e se atentar às questões estruturais que afetam as unidades acadêmicas, como infiltrações e rompimentos de vigas. Além disso, reforçou a importância de parcerias público-privadas para a realização de convênios e manutenção de projetos de pesquisa.


Em relação à criação de novas pró-reitorias, cursos de graduação e pós-graduação, os candidatos argumentaram sobre a importância de realizar um mapeamento dos setores, a fim de se identificar onde há insuficiência de servidores. Segundo Cocota, “nós temos pouco mais de 600 técnicos, com uma redução de, aproximadamente, 200 nos últimos 7 anos. Então, é necessária uma presença firme junto ao Governo Federal para retomar os cargos que foram perdidos ou quem tem provimento suspenso”. A Chapa 1 ressaltou que possuem propostas para a valorização dos técnico-administrativos e diminuição do índice de adoecimento mental da categoria. Reforçou que, para se pensar em criação de novos setores ou cursos, é necessário, primeiramente, maior agilidade na recomposição de cargos da carreira.


O debate aconteceu no áuditório do prédio Padre Avelar, no ICSA, em Mariana e está disponível na íntegra no YouTube. Foto: Mariana Hermidas

No segundo bloco, durante as perguntas entre as chapas, questionada pela Chapa 2 sobre maior participação e transparência da comunidade acadêmica nas decisões orçamentárias, Kátia e Cocota defenderam que o orçamento depende de um bom planejamento, diálogo e construção coletiva. A UFOP que desejamos deve possibilitar aos diretores, aos representantes que estão no Conselho Universitário (CUNI), conhecer e definir critérios claros”, afirmou Kátia Gardênia. 


“Entendemos ser necessário revisar a resolução do CUNI que trata sobre a divisão dos recursos, já que ela data de 2016 [...] por isso, colocamos a nossa chapa como o diferencial para restabelecer o diálogo e atualizar a resolução de 2016”, complementou Cocota.


Durante o terceiro bloco, os candidatos responderam a três perguntas, feitas pelos estudantes, docentes e TAES. Questionados pela comunidade estudantil sobre a falta de segurança e infraestrutura nas moradias socioeconômicas e sobre a disparidade de tratamento em relação às repúblicas estudantis, a Chapa 1 defendeu o planejamento como uma das formas de lidar com essa questão. “Primeiro fazer os projetos, com os projetos em mãos, buscar recursos no sentido de dar maior segurança a nossa comunidade estudantil, principalmente, às moradias socioeconômicas”, argumentou Cocota.


Sobre a crise de acesso ao ingresso na universidade, os docentes questionaram às chapas qual o diagnóstico e propostas sobre a situação. A Chapa 1 considera a questão da evasão como algo multifatorial que aflige outras instituições federais. Nesse sentido, propõe um diálogo com as universidades para compreender esse fenômeno e encontrar resoluções para fortalecer a permanência, a fim de combater a evasão estudantil. Cocota argumentou que, sobretudo, durante a pandemia houve uma desvalorização da imagem das universidades públicas, sendo fundamental fortalecer a imagem da instituição. Para isso, propõe ampliar atividades de extensão para aproximar a universidade das comunidades, além de aumentar políticas de auxílio estudantil.


O segmento técnico-administrativo perguntou sobre como iriam resolver os problemas de manutenção predial na UFOP. Em relação a isso, Kátia pontuou que este desafio é complexo, pois envolve questões orçamentárias, contratuais, além de contribuir para o adoecimento mental da comunidade acadêmica. “Na nossa gestão, a abertura do novo campus em Ipatinga não será prioridade. Na nossa gestão, a prioridade será cuidar da estrutura que temos hoje, de acordo com a necessidade de cada cidade onde a UFOP está, para valorizar as pessoas e promover um ambiente saudável. Isso tem a ver com planejamento”, afirmou Cocota.


Nas considerações finais, Kátia e Cocota reforçaram que “é possível construir a UFOP que desejamos a partir do cuidado com as pessoas e do diálogo”. A Chapa 1 acredita que a próxima gestão deve ser presente e atuante, focada no planejamento e na construção coletiva. “Eu, como pedagoga, me sinto muito feliz com essa oportunidade, estar aqui é colocar a educação em primeiro lugar. Nós acreditamos na universidade gratuita e de qualidade para todos”, finalizou a candidata a reitora, Kátia Gardênia.


 
 
 

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Rádio Plural 

A Web Rádio Plural, foi fundada em 2014 pelos estudantes de jornalismo da Universidade Federal de Ouro Preto, com o objetivo de dar voz aos futuros jornalistas, permitindo que a experiência da graduação se tornasse prática . Desde então, gerações de alunos participaram na elaboração de inúmeros programas como entrevistas, coberturas jornalísticas e reportagens sobre assuntos variados.

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