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Chapa 2 reforça a importância da transparência e do agir coletivo na universidade

  • Foto do escritor: Rádio Plural
    Rádio Plural
  • 26 de set. de 2024
  • 5 min de leitura

Luciano e Roberta, que se identificam como oposição, falam sobre querer instaurar novamente o diálogo na Ufop e fazem diversas críticas à atual reitoria da universidade


Luciano Campos, ex-diretor do Departamento de Educação do ICHS, e Roberta Froes, diretora do ICEB, formam a chapa de oposição à reitoria atual. Foto: Mariana Hermidas

Por Maria Cecília Marques e Victória Kelly Santos 


O 2º debate para a Pesquisa Paritária da Ufop aconteceu na noite da última terça (24), no auditório do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas, o Icsa, e contou com a participação das 3 chapas concorrentes à reitoria e vice-reitoria da Ufop. A chapa 2 foi sorteada para iniciar a rodada de apresentação, e relembrou toda a comunidade acadêmica de suas propostas para os próximos quatro anos da universidade. A candidata a vice-reitora, Roberta Eliane Froes, inicia sua fala se apresentando e relatando um dos principais motivos que uniu a diretora do Instituto de Ciências Exatas e Biológicas (Iceb) a Luciano, ex-diretor do DEEDU do Ichs: a falta de diálogo existente entre os diretores das unidades com a reitoria. Roberta também usa seu tempo de fala para relatar ao público que caso a chapa 2 seja eleita, será a primeira vez que a Ufop terá um reitor fora do eixo do Morro do Cruzeiro, o que será um grande marco para a universidade.


Após a fala de Roberta, Luciano, professor e ex-diretor do Departamento de Educação do Instituto de Ciências Humanas e Sociais (Ichs), se apresenta e utiliza dos seus minutos para relembrar a situação atual da Ufop, que está com um orçamento reduzido, com alto número de evasão e saúde mental instável dos alunos e servidores dentro da universidade, além de demonstrar preocupação sobre os ataques conservadores contra as universidades brasileiras. O candidato, por fim, faz uma crítica a atual gestão ao falar sobre a postura que os representantes adotam perante os estudantes, docentes e técnicos administrativos; e critica também a falta de planejamento e a incapacidade de discutir o orçamento com toda a universidade.


No segundo bloco, a chapa 2 é a última a responder à pergunta feita pelo sindicato dos docentes. O ex-diretor do Ichs responde à pergunta sobre a captação de recursos externos para a universidade, expondo que o compromisso da universidade é com a educação pública e que, sendo assim, o principal fomento da Ufop deve ser público. Os candidatos da chapa 2 se consideram críticos dos financiamentos externos, mas veem a necessidade de buscar outros recursos para a Ufop, desde que essa busca seja feita com ética, preservando os interesses públicos da sociedade e da instituição e defendendo a autonomia da universidade. Roberta finaliza o tempo da chapa 2 revelando apoio aos sindicatos e ao movimento estudantil.


No bloco três do debate, os candidatos tiveram que responder uma pergunta formulada pelos técnicos administrativos, sorteada pela equipe organizadora. O questionamento dos TAEs era sobre a criação de novas pró-reitorias, cursos de graduação e pós-graduação. A candidata a vice-reitora fala sobre a dificuldade de discutir a criação de novos setores e mudanças sem o diálogo entre os trabalhadores, e garante que a chapa leva em consideração a falta de TAEs e a sobrecarga nos trabalhos dos técnicos. Seu companheiro de chapa termina dizendo que o planejamento de uma reitoria deve ser feito de dentro para fora, junto com toda a comunidade acadêmica. 


No bloco seguinte, a chapa 2 teve a oportunidade de fazer uma pergunta para uma chapa concorrente. Direcionados a chapa 1, Luciano e Roberta perguntam sobre a discussão, a transparência e a participação da comunidade nos assuntos orçamentários da instituição. Em sua réplica, Luciano cita o Estatuto da Universidade Federal de Ouro preto, enfatizando a obrigatoriedade da participação do Conselho Universitário na elaboração do orçamento anual da instituição e volta a criticar a reitoria atual, dizendo que a gestão atual não vê o mundo pelas lentes da justiça e do diálogo, e que opta pelo personalismo.


O candidato ainda critica o candidato a reitor da chapa 3, Eleonardo Lucas Pereira, atual pró-reitor de Planejamento e Administração da Ufop e pede explicação sobre a mudança que a chapa 3 propõe depois de 8 anos da atual reitoria que Eleonardo participa e representa em eventos, substituindo a atual reitora Cláudia Marliére.


Ainda no mesmo bloco, a chapa 2 recebeu uma pergunta de Eleonardo e Cristiane acerca da diversidade na Ufop. Luciano diz que a chapa pretende criar um setor para lidar com as questões em volta da diversidade, da inclusão e das ações afirmativas. Propõe também uma formação transversal para questões raciais e de gênero ofertada para toda a comunidade universitária, além da criação de um setor para tratar de questões e denúncias raciais e LGBT na ouvidoria da Ufop.


Roberta ainda reforça que pretende instaurar treinamentos para todo servidor em cargo de chefia para saberem como lidar profissionalmente com questões raciais e de gênero. Em sua tréplica, a candidata Cristiane Márcia dos Santos, da chapa 3, critica a carta programa elaborada por Roberta e Luciano, dizendo que não há clareza e que eles não apresentam mecanismos concretos em seus objetivos.


Os 3 segmentos presentes (TAEs, docentes e discente) tiveram direito à uma pergunta cada, que foi sorteada pela equipe organizadora do debate. Foto: Mariana Hermidas

Após intervalo de 15 minutos, o debate retorna com uma pergunta elaborada por estudantes. A pergunta trata das questões em volta da segurança e infraestrutura das moradias estudantis, especificamente dos conjuntos em Mariana. A atual diretora do Iceb fala sobre o sentimento de abandono e a falta de acolhimento aos estudantes assistidos pela Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários e Estudantis, a PRACE. No debate, a chapa 2 diz que pretende rever e ampliar os contratos de vigilância, além de ampliar também o sistema de iluminação nos conjuntos. Luciano finalizou expondo a falta de manutenção recorrente em todas as moradias e que tem compromisso com a melhoria da atual situação dos conjuntos em Mariana. O candidato também relembra que o acesso às moradias não é um favor e sim um direito do estudante das universidades federais e que esse atendimento é um dever do governo e da universidade com o discente.


A segunda parte do último bloco foi a apresentação de uma pergunta da Associação dos Docentes da Ufop (ADUFOP). Na resposta da chapa 2 sobre a pergunta acerca da evasão no ensino superior, o professor do Ichs expõe que o currículo dos servidores precisa ser repensado para atender o novo público da universidade e que também é preciso combater, em âmbito nacional, o ataque de conservadores que pregam contra a universidade pública brasileira. Sobre as propostas da chapa, Luciano diz ver a importância de aproximar o ensino superior e o ensino básico, fortalecer o núcleo pedagógico da Prograd, desenvolver planos pedagógicos com todos os cursos da graduação, rediscutir as formas de seleção dos estudantes, criar editais para pesquisas sobre as causas de evasão nas universidades, e implementar um programa de busca ativa pelos estudantes que abandonaram a universidade. 


A última pergunta feita no debate tratou da infraestrutura da Ufop. Roberta Froes expõe que, “todos os prédios têm algo a ser reparado e ajustado, e é preciso elencar as dificuldades e necessidades de cada prédio e setor da Ufop e planejar a melhoria de cada um junto a Prefeitura do Campus (PRECAM)”.


No fim do debate, cada chapa teve um espaço para dizer suas considerações finais. Roberta e Luciano agradeceram ao público e se mostraram ansiosos para o próximo encontro no dia 26 de setembro, no campus Morro do Cruzeiro. Eles pedem que a comunidade leia suas propostas e que eles estão abertos para responder dúvidas e questionamentos. A dupla lembra que a Ufop tem a possibilidade, pela primeira vez, de eleger um reitor fora do eixo do Morro do Cruzeiro e Escola de Minas. Luciano, por fim, diz que deseja ser eleito para levar os valores e princípios valorizados pelos estudantes de ciências sociais, humanas e aplicadas para toda a universidade.


 
 
 

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