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Chapa 3 - Esperançar é Agir defende a diversidade, inclusão e sustentabilidade

  • Foto do escritor: Rádio Plural
    Rádio Plural
  • 26 de set. de 2024
  • 7 min de leitura

A equipe da Rádio Plural esteve presente no debate entre os candidatos à reitoria da UFOP, e acompanhou o desempenho de Eleonardo e Cristiane


A chapa 3 representa a união da Escola de Minas, em Ouro Preto, com o Instituto de Ciências Sociais Aplicadas, de Mariana. Foto: Bernardo Marotta

Por Pedro Vitor da Silva e João Henrique do Nascimento


Nesta terça-feira, 24, no Instituto de Ciências Sociais Aplicadas (ICSA) da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), ocorreu o 2º debate com os candidatos à reitoria. O debate começou às 18h e teve a participação das três chapas que disputam a reitoria.


O primeiro bloco foi de apresentação das chapas. A chapa 3 Esperançar é Agir composta pelo professor Eleonardo Lucas Pereira e Cristiane, se apresentaram e agradeceram a comunidade acadêmica pela presença. A professora Cristiane, decana do curso de economia, atualmente é vice-diretora do ICSA. Ela destacou a importância da harmonia na reitoria e a diversidade entre os campi que se faz necessária. Eleonardo, com 18 anos de experiência em gestão pública, comentou sobre a carta-programa que reforça três eixos principais: inclusão, diversidade e sustentabilidade.


No primeiro bloco, os mediadores realizaram duas perguntas da Associação dos Docentes da UFOP (ADUFOP): Diante de um cenário onde a transferência direta de recursos às universidades é cada vez mais escassa, observamos nos últimos anos a intensificação da busca por recursos externos, dentre eles parcerias com empresas privadas e também recursos de emendas parlamentares que podem com facilidade conferir a autonomia universitária e desviar força de trabalho e aplicação do conhecimento ao capital em detrimento da classe trabalhadora. Desta forma questionamos as chapas, qual a posição da chapa frente à captação de recursos dos setores privados ou das emendas parlamentares provenientes do orçamento secreto?


Como a Chapa defende a autonomia de gestão financeira, nessa perspectiva acredita ser possível auxiliar na pressão militante junto aos sindicatos e movimento estudantil?

Resposta da Chapa 3: Hoje, a gente tem um grande avanço que é a matriz Andifes, que é um modelo de distribuição de recursos que precisa ser aperfeiçoado, mas sobretudo é um modelo inteligente. No entanto, a gente precisa estabelecer que seja um percentual do PIB ou outra relação que garanta a sobrevivência da universidade, que garanta que as universidades tenham o orçamento público todos os anos. É importante destacar que, infelizmente, nos últimos anos, um governo que atacava as universidades, que não valorizava a universidade, que cortou os orçamentos. A gente tem um orçamento hoje menor do orçamento de 2015. E é preciso que a gente lute nos locais onde a gente tem assento junto ao MEC, junto ao governo federal, para que a gente tenha essa recomposição. Mas, sobretudo, a luta da Andifes, a luta de nós reitores, a luta da universidade deve ser por um modelo de financiamento da universidade. É preciso reforçarmos o setor de convênios da universidade, e isso está na nossa carta proposta, para a captação de recursos como fizemos recentemente em edital da CEMIG. A gente defende uma universidade pública, gratuita, de qualidade e socialmente referenciada.


Assufop fez a pergunta: Como criar novas reitorias, novos cursos de graduação e pós graduação com a falta de técnico-administrativo?

Resposta da Chapa 3: Entendemos que a criação de uma pró-reitoria é necessária. Ela vem sendo discutida há alguns anos e a gente traz a criação de uma pró-reitoria como eixo transversal para ação com todas as outras pró-reitorias. A Universidade Federal de Ouro Preto é uma das mais prejudicadas na relação aluno/ técnico-administrativo. Temos um déficit somente neste momento de mais de 300 técnicos administrativos na universidade. Caso sejamos eleitos, buscaremos essa aproximação com o Ministério da Educação para essa recomposição. Os técnicos são fundamentais para a nossa gestão. Nós vamos ter uma busca incansável para a recomposição.


No segundo bloco, foi feita a dinâmica de perguntas entre as chapas. A chapa 3 foi perguntada pela chapa 1 da professora Kátia Gardênia e o professor José Alberto Cocota: Pergunta: O assédio, seja moral ou sexual, é uma questão delicada e preocupante. Infelizmente, temos observado um aumento de adoecimento entre professores, técnicos, estudantes, terceirizados, os anistiados, causado por esse clima de opressão que afeta diretamente a qualidade de vida de todos os universitários. Diante dessa realidade, como o candidato, caso seja eleito, pretende lidar com os investigados durante o trâmite do processo de apuração, simultaneamente com o acolhimento das vítimas?


Resposta da Chapa 3: Vamos criar uma nova pró-reitoria de diversidade, equidade, inclusão e ações afirmativas. Temos na nossa universidade racismo, xenofobia, capacitismo, LGBTfobia, então nós devemos ter esse acolhimento, às pessoas que sofrem essa violência. Na nossa carta-programa, temos propostas concretas para o assédio: tolerância zero ao assédio e aos demais tipos de violência.

O debate teve um intervalo de 15 minutos e retornou com o terceiro bloco. No terceiro bloco, pergunta formulada por estudantes foi direcionada às chapas de igual para saber caso seja eleito, como agiriam:


Pergunta estudantil: A questão da segurança e infraestrutura nas moradias socioeconômicas é um problema histórico na UFOP, bem como a desigualdade na atenção e no tratamento dado às repúblicas federais sobre moradias socioeconômicas. Os furtos e invasões são um problema constante nos conjuntos universitários. O último episódio ocorreu na última sexta-feira(20), um dia após a finalização da obra de cercamento. Qual a proposta das chapas para garantia de dignidade de morar nas moradias socioeconômicas, bem como referente à disparidade no tratamento?


Resposta da Chapa 3: Precisamos definir essa priorização dentro do COPAE. Hoje, a universidade recebe cerca de 60 milhões, parte expressiva é investida em assistência estudantil, porque entendemos que a permanência do estudante é responsabilidade da gestão. Devemos trazer essa discussão para o COPAE das melhorias e um ponto que destacamos na nossa carta é a separação de um contrato específico para as moradias com orçamento próprio e para as moradias com fiscalização própria. Em relação às repúblicas federais, não há investimento público imediato, é um processo diferente de gestão, e propomos na nossa carta-proposta que as vagas hoje não ocupadas nas repúblicas federais sejam incentivadas para a ocupação de moradores cadastrados na PRACE. Moradores com vulnerabilidade socioeconômica.


Em sequência ao terceiro bloco, foi realizada a pergunta dos docentes aos candidatos à reitoria. A pergunta para a chapa 3:

Pergunta dos docentes: Temos uma crise de acesso e ingresso na universidade. Qual o diagnóstico de vocês sobre essa situação e quais as propostas?

Resposta da Chapa 3: A evasão tem aumentado constantemente, isso não é um problema específico da Universidade Federal de Ouro Preto. Além do problema da evasão, uma outra situação é o não preenchimento das vagas disponíveis pelo SISU. Queremos destacar que a universidade, especialmente as servidoras e os servidores da PROGRAD, tem feito um trabalho brilhante nesse processo e nessa tentativa de ocupação das vagas. Primeiro, nós colocamos o ponto da nossa carta para proceder com estudos para a busca de mecanismos mais explicativos desse problema. A juventude hoje, de fato, quer o curso que a gente oferta? Acreditamos que isso é um problema que deve ser discutido e interessante para que a gente traga essa análise para o debate. Então, a inovação desses cursos é fundamental. Além disso, consolidar o Centro de Formação Docente é nossa meta.


Em seguida foi realizada a pergunta do segmento técnico administrativo:

Como resolver os problemas de manutenção predial na UFOP? 

Resposta da Chapa 3: O plano diretor de fato é que vai definir as prioridades de investimento e de manutenção na universidade. Infelizmente, com a restrição orçamentária, a manutenção preventiva acaba não acontecendo e a manutenção corretiva acontece. Então, primeiro, tratar isso dentro de um plano diretor, com a revisão do atual contrato de manutenção, é importante. Tanto a diversidade, a inclusão e a sustentabilidade. Pensar num plano diretor sustentável. Na nossa carta proposta enfatizamos a criação de um comitê do plano diretor para ter uma visão estratégica de 20 a 30 anos do crescimento da UFOP, a gente precisa estabelecer isso. Tratar de estudos de impacto socioambiental e econômico é fundamental.


O quarto bloco foi dedicado às considerações finais das chapas. A Chapa Esperançar é Agir finalizou e agradeceu aos que compareceram presencialmente ou acompanharam através da Rádio e TV UFOP que esteve presente:


Considerações finais da Chapa 3: Agradecemos o público presente, ao público que está nos assistindo pela TV UFOP e pela Rádio UFOP, agradecer a equipe da TV UFOP que está nos acompanhando desde o primeiro debate. Agradecemos as chapas 2 e 1 que puderam colocar suas propostas e dialogar respeitosamente com as outras chapas e com o público presente, que é um momento importante, um momento democrático que a instituição vive na escolha do seu futuro gestor. 


O debate realizado em parceria entre o Diretório central dos Estudantes (DCE), Associação dos Docentes da Ufop (ADUFOP) e Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos (ASSUFOP) está em sua segunda edição, a primeira tendo sido realizada no campus de João Monlevade e a terceira e última no campus Morro do cruzeiro em Ouro Preto. Os debates estão sendo gravados e disponibilizados no Youtube pelo canal da ASSUFOP.


Raio X da Chapa 3

A Chapa Esperançar é Agir, tem como candidato a reitor o professor Eleonardo Lucas Pereira, natural de Mariana, possui graduação em Engenharia Civil pela UFOP em 2002, possui especialização em Gestão Pública pelo IFPR (2011), além de Mestrado (2005) e Doutorado (2017) em Geotecnia pela UFOP. Atualmente, Eleonardo é professor do Departamento de Engenharia Urbana e Pró-Reitor de Planejamento e Administração da Universidade Federal de Ouro Preto.


Candida a vice-reitoria a professora Cristiane Márcia dos Santos, natural de Itabira, é graduada em Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Viçosa (2003), com Mestrado (2005) e Doutora em Economia Aplicada pela mesma instituição (2008). Têm mais de 15 anos dedicados à UFOP. Atualmente, Cristiane é professora do departamento de Ciências Econômicas e vice-diretora do ICSA.


Propostas

  • Alterar o valor do RU para R$4,30 a fim de trazer mais acessibilidade aos estudantes;

  • Incentivar mais ainda o esporte universitário, com projetos e recursos para novas quadras esportivas, novos prédios e uma pista de atletismo;

  • Laboratório de clima: visando a sustentabilidade, será um laboratório de acesso aos estudantes da instituição para trazer integrações diárias;

  • Construir um programa para atrair mais jovens para a universidade: maior interação com as escolas de Ensino básico;

  • Assistência Estudantil: propor alteração do contrato atual de manutenção para atender com mais agilidade as pendências das moradias estudantis;

  • Dignidade menstrual: erguem o compromisso em fortalecer ações como o “Programa Ciclo Sustentável: Dignidade Menstrual na UFOP” com o objetivo de certificar mais cuidado e conforto para as pessoas que menstruam;

  • Alimentação saudável no ensino superior: proposta que busca incentivar a oferta de alimentos saudáveis e a preços acessíveis a partir da agricultura familiar e do comércio local, trazendo benefícios mútuos entre a universidade, os agricultores e a sociedade;

  • Saúde e Bem-Estar: propiciar espaços e canais de escuta, para acolher e refletir sobre a saúde da comunidade acadêmica.

 
 
 

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A Web Rádio Plural, foi fundada em 2014 pelos estudantes de jornalismo da Universidade Federal de Ouro Preto, com o objetivo de dar voz aos futuros jornalistas, permitindo que a experiência da graduação se tornasse prática . Desde então, gerações de alunos participaram na elaboração de inúmeros programas como entrevistas, coberturas jornalísticas e reportagens sobre assuntos variados.

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