Jogos Olímpicos de Paris 2024
- Rádio Plural
- 29 de jul. de 2024
- 2 min de leitura
O início das Olimpíadas de Paris, que acontece entre julho e agosto deste ano, é marcado pela evidência da falta investimento aos atletas do Brasil.

Na última sexta-feira (26), ocorreu o início das Olimpíadas de Paris e o público foi contemplado com uma cerimônia de abertura que representava grandes momentos e figuras históricas. A revolução francesa, a decapitação de Maria Antonieta e a Santa Ceia com pessoas LGBT’s fizeram parte desse espetáculo e causaram polêmicas nas redes sociais.

Desde antes do início dos jogos, as olimpíadas vem sendo comentadas nas redes sociais, pelo fato da delegação brasileira não ter uma boa quantidade de patrocinadores para outros esportes além do futebol. Nas olimpíadas de Tóquio (2020), em um levantamento feito pelo Globo Esporte, foi mostrado que 42% dos atletas brasileiros não possuíam patrocinadores ou investidores; desses 42%, praticamente todos os atletas se mantiveram em Tóquio por vaquinhas e permutas, dificultando a chance de conseguir o tão sonhado ouro olímpico.
Em 2020 durante a pandemia, diversos clubes e empresas que patrocinavam os atletas encerraram seus empreendimentos, deixando os atletas sem patrocínios. Em 2024 a situação não está diferente, os esportistas seguem não tendo a quantidade de patrocínio necessária. Vários atletas, como José Ferreira, representante brasileiro no Decatlo, e Izabela da Silva, lançadora de disco, denunciaram a falta de investimento e o descaso com os uniformes e outros aparatos, itens que são essenciais para as competições.
"Vocês não tem ideia do quanto foi broxante receber o material da seleção. Sempre achei que nas Olimpíadas receberíamos uma mala de materiais, com tênis, roupas e sapatilhas, mas parece que não é bem assim para nós", relatou José em um post do X (antigo Twitter).
O abandono com a delegação brasileira é de difícil entendimento, visto que o Comitê Olímpico do Brasil (COB) divulgou que o Brasil possui vinte e uma empresas patrocinadoras. Dessas vinte e uma, poucas patrocinam os atletas, e quando realizam o patrocínio, são para atletas mais conhecidos, como a jogadora da seleção feminina de futebol, Marta Silva e a “fadinha do skate”, Rayssa Leal.
A falta de recursos atrapalha nossos atletas dentro e fora das competições olímpicas já que quem não consegue viver apenas do esporte, são obrigados a diminuir a carga de treinos para trabalhar em outras áreas para conseguir arrecadar fundos suficientes para irem até os locais das competições e para treinar.
O Governo Federal oferece aos atletas a Bolsa Atleta, que garante aos inscritos uma renda mensal durante um período pré estabelecido, que é dividida em seis categorias e nem sempre são capazes de cobrir todas as despesas que o atleta terá de arcar sem patrocínio. As categorias são atleta base, nacional, estudantil, internacional, paralímpico, olímpico e pódio.
Texto de Carmen Maria
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